Recentemente ouvimos a declaração do CEO de uma grande empresa especializada em delivery dizer que “em 10 anos, ninguém mais vai cozinhar”. É uma declaração um tanto polêmica e apressada, por assim dizer, já que muita gente ainda valoriza a boa comidinha caseira.

No entanto, vamos considerar que essa máxima seja verdadeira, levando em consideração esse novo modelo de sociedade em que estamos vivendo. Que em 10 anos a rotina corrida (ainda mais) leve as pessoas a buscarem mais praticidade no seu dia a dia, deixando de fazer algumas coisas que tomam seu tempo de alguma forma. E ainda, vamos considerar também a nova geração que vem chegando por aí, que já não tem tanta afinidade, nem com os afazeres domésticos, nem com o “fogão”. Não que isso seja uma questão para eles, muitos priorizaram outras áreas da vida e passaram por essa em branco.

Essas mudanças certamente levarão as pessoas – ao menos as que tenham melhores condições financeiras – a buscarem, sim, comida fora de casa. 

Por isso, o #dicaspararestaurantes de hoje traz algumas questões aqui para você: quem cozinha para quem não cozinha? Onde essas pessoas vão buscar seu alimento? Que tipo de comida desejam consumir? 

A gente não sabe responder ao certo onde e nem como as pessoas chegarão até suas refeições, mas sabemos que tipo de comida vão buscar: a afetiva. Aquela comida com sabor, feita com esmero, e que talvez remeta a algum paladar da infância, e que tenha aquela cara de comida de mãe, de avó. Você já pensou nisso?

Ainda que seu nicho não seja servir refeições, seja um bar com petiscos e bebidas, lançar no cardápio uma porção de bolinhos que traga uma carga sentimental certamente vai agradar. 

Essa que vos escreve, sempre que pode, pede o “croquete da vovó” no boteco de costume. Além de delicioso, ele tem sim toda essa aura de comida boa, que só a vovó sabe preparar. O mérito, neste caso, além do sabor, está no nome escolhido para a iguaria. 

Se você chegou até aqui, percebeu que hoje não viemos ensinar nada, e sim plantar a sementinha para que você visualize o rumo do seu bar ou restaurante neste mundo futurista, abarrotado de tecnologias que já fazem parte da nossa vida (e sim, não conseguimos mais nos imaginar sem elas).

Por isso, invista nas relações humanas, no afeto, no sabor e nas pessoas. Esses ingredientes são mais promissores do que todas as inteligências artificiais somadas. Afinal, são pessoas que vão cozinhar para quem não cozinha.

Quer mais dicas para seu bar ou restaurante? No nosso blog tem muito mais!